quinta-feira, 21 de novembro de 2013

BATATA DOCE OU INGLESA


BATATA DOCE OU INGLESA


batataMuitos mitos surgem através de histórias de academia, em que pessoas, sem embasamento científico, resolvem criticar ou detonar um alimento sem terem real conhecimento do assunto. Vamos desvendar um paradigma que deixa dúvida em muitos praticantes de atividade física: qual é a diferença entre a batata doce e a batata inglesa?
São dois alimentos que têm seus valores nutricionais bem semelhantes, mas com algumas particularidades diferentes, sendo o maior deles o índice glicêmico. O IG mede a velocidade com a qual a glicemia (nível de glicose no sangue) aumenta. Assim, alimentos mais simples de serem degradados, digeridos e absorvidos têm normalmente um IG maior, justamente porque serão absorvidos mais rapidamente na forma de glicose e de outros monossacarídeos, aumentando a glicemia.
A batata doce tem um IG médio (77) e a batata inglesa um IG alto (121), portanto são duas fontes de carboidratos que podem ser direcionadas em diferentes períodos na atividade física. A batata doce por ter um IG mais baixo, pode ser de melhor valia antes da atividade, evitando um pico de insulina que poderia causar um rebote hipoglicêmico e o aumento de gordura. Já a batata inglesa por ter seu IG mais alto é mais indicada no pós-treino, pois é nesse momento que precisamos de mais glicose para fazer a reposição do glicogênio muscular (forma pela qual o carboidrato é armazenado no músculo).
Podemos concluir que uma não é melhor do que a outra, mas ambas tem seus valores em cada momento do treinamento. Abaixo segue um quadro comparativo sobre as informações nutricionais de cada uma delas:
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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Peso x Percentual de Gordura Corporal

Peso x Percentual de Gordura Corporal

Muitas vezes vemos por aí alguém falando “não fica noiado (a) com peso, porque isso é água/músculo, o que importa é % de gordura!”.
Mas afinal, como assim “o que importa”? Como vou descobrir o meu? Adianta jogar no google numa calculadora virtual?
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Resolvi pedir para o instrutor/personal/avaliador físico da SP FIT Reinaldo Moleiro uma explicação mais bonitinha sobre!
Em primeiro lugar, realmente, o peso (como vemos nas balanças convencionais) incluitoda sua composição corporal: massa magra (músculos, água e ossos) e masa gorda (gordura corpórea).
Além disso, 1kg de gordura ocupa muito mais espaço do que 1kg de massa muscular!
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Acho essa foto top: MESMO peso de gordura x de músculo!
Quando fazemos uma dieta de restrição calórica e/ou exercícios, enfim, quando o saldo do que gastamos de energia é maior do que o que consumimos, o nosso peso total abaixa: estamos consumindo energia “de dentro” de nós.
O que é, o que é: mole, esconde o contorno dos músculos, causa nóia com “o peso” (no geral) e existe com justamente o propósito de reservar energia? Isso aí. A gordura. É elaque queremos perder.
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Ilustração de diferentes percentuais de gordura corporal 
Porém o nosso corpo usa energia “de onde tem”: varia de acordo com mil fatores, de predisposição genética a alimentação. Então não, abaixar o ponteiro da balança não é sinônimo de perder gordura! Pode ser massa muscular e/ou água (muito comum!).
Por isso vemos tanto por aí que tal dieta/ plano de exercícios tem como objetivo “mobilizar a quebra/ metabolização/ uso da gordura”: Porque consumir massa muscular (a outra “alternativa”) para gerar energia é FURADA TOTAL!
Um dos “bônus” de um bom % de massa muscular é justo que te ajuda a queimar mais calorias só para se manter “existindo” (= metabolismo basal, bem super ultra simplificado!)
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Hahaha! Quem aí “sei” como é?
Existem diferentes métodos para avaliar a composição corporal do indivíduo. Os mais utilizados/confiados são bioimpedância (através de uma corrente elétrica imperceptível, realizada por balanças específicas) e medida de dobras cutâneas(seguindo um protocolo específico que gera o resultado).
Exemplo de medição de dobras cutâneas: ambos os métodos são indolores ok? Já fiz os dois e juro! haha
Entre os métodos podem existir pequenas variações, por isso o mais indicado é repetir sempre o mesmo procedimento para manter o parâmetro o mais confiável possível!
A questão do percentual: Como falei, considerando que o peso total inclui dois tipos de “coisas”, o % representa a parte daquele peso que é composta de água, o que é de músculos e o que é gordura.  
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Duas mulheres com o mesmo % de Gordura Corporal tem o físico muito mais parecido do que duas mulheres com o mesmo peso e altura! Prova: a MESMA, com o MESMO peso (62 kg), Penélope Nova
Como é percentual (a divisão da parte isolada pelo total), é uma ferramenta mais fácil e eficiente de avaliar “o que é o que” naquele número total da balança, o que realmente a reeducação alimentar/ rotina de exercícios “fez por você” e faz mais sentido comparar o % entre indivíduos diferentes (já que comparar peso é totalmente esquisito e inútil e não representa nada!).

quarta-feira, 24 de julho de 2013

RECUPERAÇÃO PARA TREINAR SEMPRE





O temor em ter que parar de treinar e abrir mão de suas metas em virtude de uma lesão ou de uma doença de ordem clínica deixou de ser exclusivo dos atletas profissionais.

A Recuperação depende diretamente das cargas do treinamento e da condição física, da idade e do estado de saúde do atleta. Quanto mais intenso for um treino, maior o tempo necessário para os tecidos retomarem seu melhor estado. Uma recuperação inadequada esta diretamente associada ao surgimento lesões.

Abaixo listo alguns métodos capazes de otimizar a recuperação de atletas:
  • Recuperação Ativa: realizada apos a sessão de treino, em uma intensidade entre 20 a 50% da sua capacidade aeróbia máxima (VO2max), preferencialmente no mesmo gesto esportivo e em intervalo de duração entre 10 a 30 minutos.
  • Crioterapia de imersão: a velha e boa “banheira de gelo”. Sessões de 12 a 15 minutos em águas de 10 a 12 graus Celsius de temperatura, realizadas em até 30 minutos após a atividade, auxiliam na redução do processo inflamatório decorrente da microlesões musculares.
  • Hidratação: um balanço hídrico positivo (reposição do volume perdido durante a atividade) é essencial para uma adequada recuperação sistêmica.
  • Alimentos ricos em carboidratos de alto índice glicêmico e proteínas: na forma de barras, de shakes ou da própria alimentação. A ingestão de 1,5g de carboidratos por kg do peso corporal nas primeiras duas horas após o exercício, associada a uma proporção de 1g de proteína para cada 4g de carboidrato, promove a restauração plena das reservas do glicogênio muscular.
  • Massoterapia ou métodos de automassagem: a massagem, quando realizada de forma adequada, permite um aumento do fluxo sanguíneo e linfático da musculatura, permitindo, assim, uma retirada de metabólitos produzidos durante o exercício.
  • Roupas de Compressão: estudos recentes têm demonstrado uma resposta satisfatória das roupas de compressão quando utilizadas por 4 a 6 horas após o término de treinos extenuantes.
  • Recovery Boots: calças pneumáticas que permitem uma pronta redução dos espasmos e edemas musculares quando colocadas após a atividade.
É essencial que o leitor saiba que nada adianta utilizar tais métodos se não houver a prática regular de hábitos saudáveis. Uma boa noite de sono, uma alimentação balanceada e uma reduzida ingestão de bebidas alcoólicas (principalmente antes e depois do exercício) são essenciais a uma boa evolução nos treinamentos. Procure um personal trainer registrado, e bora treinar!



sexta-feira, 8 de março de 2013